A Sony respondeu ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em relação à aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft. A empresa enviou um documento no início de julho, apresentando argumentos sobre como essa compra pode desequilibrar a concorrência no mercado de jogos.
A Sony destaca o jogo Call of Duty, desenvolvido pela Activision, e o modelo de assinatura Game Pass do Xbox como pontos-chave. Segundo a empresa, Call of Duty é um jogo essencial, um blockbuster do tipo AAA que não tem concorrentes. A Sony afirma que o jogo é tão influente que afeta a escolha do console pelos usuários, e mesmo que um concorrente tivesse recursos para desenvolver um produto semelhante, não seria capaz de rivalizar.
Além disso, a Sony argumenta que o sucesso atual do Xbox Game Pass se deve às várias aquisições de estúdios realizadas pela Microsoft nos últimos anos. A empresa cita que desde 2017, a Microsoft adquiriu estúdios como Double Fine, Obsidian Entertainment, Ninja Theory e Bethesda, aumentando significativamente o conteúdo disponível no Game Pass. A inclusão dos jogos da Activision seria um ponto de inflexão nesse cenário.
A Sony também destaca o crescimento do Game Pass nos últimos anos, conquistando uma participação significativa no mercado global de serviços de assinatura. No Brasil, o Game Pass representa aproximadamente 70-80% desse mercado para PC. A empresa menciona que em 2020, o Game Pass tinha cerca de 10 milhões de assinantes, gerando mais de US$ 1,2 bilhão em receita anual de assinaturas. Em 2022, quando a Microsoft anunciou a aquisição da Activision, o Game Pass já contava com 25 milhões de assinantes, dobrando sua receita anual de assinatura para pelo menos US$ 3 bilhões.
A negociação ainda está em análise por órgãos reguladores, como o CADE, em todo o mundo, que avaliam a possibilidade de monopólio em grandes aquisições do mercado, visando evitar práticas anticompetitivas e garantir a preservação da concorrência na indústria.
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