A adaptação animada de Devil May Cry na Netflix teve um bom desempenho em números, mas gerou controvérsias entre fãs pela forma como alterou aspectos importantes da lore da franquia. E agora, uma entrevista do produtor Adi Shankar jogou ainda mais lenha na fogueira.
Shankar, que sempre se declarou um grande fã de Devil May Cry, revelou que ficou decepcionado com o anúncio de Devil May Cry 5 em 2018 — mesmo ano em que assinou o contrato para produzir a série animada.
“Eu não sabia que havia um Devil May Cry 5 chegando. […] Fiquei triste. Eu achava que a franquia estava morta. Achei que estava trazendo isso de volta.”
Segundo o produtor, sua ideia era “ressuscitar” a série e transformá-la em algo moderno e acessível para novos públicos. Mas ao descobrir que a Capcom já preparava um novo jogo da franquia, sentiu que sua proposta perdeu parte do impacto — chegando a afirmar que talvez devesse ter escolhido Street Fighter ao invés de Devil May Cry como seu projeto de adaptação.
🎬 O que incomodou os fãs?
O anime de Devil May Cry estreou anos após seu anúncio em 2018, sendo lançado na Netflix apenas em 2024. Ao longo desse tempo, Shankar alimentou expectativas com sua promessa de uma adaptação feita “por um fã para fãs”.
Contudo, a série animada recebeu críticas pela mudança no enredo, tom mais genérico e falta de profundidade nos personagens, especialmente Dante, que muitos consideraram descaracterizado.
Polêmica: Paixão ou pretensão?
Na entrevista, Adi Shankar ainda comparou a franquia a outras grandes propriedades da Capcom:
“Monster Hunter, em números, ofusca tudo. Mas eu sou apaixonado por Devil May Cry. Eu amo essa coisa nichada. […] Eu posso expandi-la, e haverá mais dela.”
A fala foi interpretada por parte da comunidade como arrogante, com o produtor se colocando como o salvador da franquia — mesmo quando ela claramente já estava em ascensão com Devil May Cry 5, considerado um dos melhores jogos da série pela crítica e pelos fãs.
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