A Brasil Game Show 2024 (BGS 2024) mais uma vez trouxe à tona discussões sobre seu foco e futuro, com mudanças notáveis em relação a edições anteriores. Para aqueles que frequentam o evento há anos, fica claro que o cenário está mudando, e a impressão é que a BGS deste ano parecia menor, apesar da reorganização do espaço do evento.
Ausência de Gigantes e Nova Fase de Transformação
Mais uma edição com a ausência das gigantes PlayStation e Xbox. Por anos, essas marcas dominaram o evento com seus estandes imponentes e exclusivos que atraíam milhares de jogadores ansiosos para testar novos consoles e lançamentos. Contudo, a edição de 2024, continuou com a ausência delas, e o foco do evento parece ter migrado para outros formatos.
Claro ainda temos gigantes presentes na Feira como a Nintendo e a Sega.
Esse fenômeno de mudanças no foco da BGS não é novo. Se anos atrás o grande atrativo eram os jogos inéditos e consoles próximos de lançamento, em outras edições vimos um aumento da presença de influenciadores digitais e, nas edições recentes, o surgimento de uma nova tendência: estandes de vendas de produtos. Você terá a oportunidade de testar e jogar games, mas não será um futuro lançamento. Hoje o que é mais visto são stands de venda de produtos, temos stands de Grandes marcas de periféricos como Havit , Logitech e Redragon, stands de varejistas como a Pichau e Shopinfo, até mesmo os stands de times de e-sport como por exemplo a Liquid, também vendendo seus produtos.
Novidades como Dune: Awakening e Espaço para Indies
A BGS 2024 trouxe experiências consideráveis para os amantes de games, especialmente no cenário de títulos indie e desenvolvedoras menores.
Um dos grandes destaques foi a presença da Funcom com o aguardado Dune: Awakening, um MMO de sobrevivência ambientado no universo de Duna. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer o game e até interagir diretamente com os desenvolvedores, trazendo um ar mais intimista e de proximidade com a produção de grandes títulos.
Além disso, a feira expandiu seu espaço para as desenvolvedoras independentes. O espaço destinado a desenvolvedores menores permitiu que os visitantes tivessem acesso a jogos inovadores, com uma variedade de estúdios brasileiros apresentando suas criações, o que reforça o papel da BGS como um palco importante para o crescimento de talentos locais.
Novo Sistema de Alimentação não foi muito bem aceito
Nem tudo foi positivo na BGS 2024. Um dos pontos mais criticados pelos visitantes foi o sistema de alimentação. Além de longas filas para comprar comida, os participantes foram obrigados a adquirir um cartão pré-pago no valor de R$5, que só podia ser recarregado e utilizado no evento. Isso gerou frustração para muitos, que reclamaram das filas e do custo adicional para algo tão simples quanto se alimentar que nunca foi barato na feira.
Testar futuros lançamentos a cada edição se torna mais distante
Outro ponto que deixou os fãs desapontados foi a baixa presença de grandes lançamentos jogáveis. Para muitos, a BGS sempre foi o lugar perfeito para testar os próximos grandes títulos do mercado, mas essa experiência se tornou menos frequente nas últimas edições. Embora alguns lançamentos indies e produções menores estivessem disponíveis, a sensação de que o evento perdeu o brilho dos grandes testes de jogos AAA foi marcante.
Conclusão: Um Evento em Transição
A BGS 2024 continua sofrendo com a ausência de marcas ícones do mundo do games e sendo a critica principal para o publico mais velho da feira.
Se antes os grandes consoles dominavam as atenções, hoje vemos um equilíbrio maior entre influenciadores, desenvolvedores independentes e varejistas. Resta saber se essa será uma tendência definitiva ou se veremos uma volta às origens nos próximos anos.
De qualquer forma, a BGS continua sendo um evento marcante no calendário de games no Brasil, mesmo que o futuro traga novas mudanças e desafios.