O prêmio de Jogo do Ano no The Game Awards 2024 foi para Astro Bot, e não posso deixar de questionar essa escolha. Claro, Astro Bot é um excelente jogo: divertido, com gráficos encantadores, acessível para todas as idades, e até com um toque de nostalgia. Mas será que ele merecia o prêmio máximo? Ou será que a escolha reflete uma falta de clareza nos critérios adotados pela premiação?
A competição foi forte, com títulos como Balatro, Black Myth: Wukong, Elden Ring: Shadow of the Erdtree, Final Fantasy 7 Rebirth e Metaphor: ReFantazio disputando o prêmio. E é aqui que surgem as dúvidas.
Concorrentes de Peso: Uma Disputa Desbalanceada?
Primeiro, Balatro. Um jogo viciante e divertido, sem dúvida, mas não acredito que ele estivesse à altura dos outros grandes nomes da lista. Black Myth: Wukong, por outro lado, é um título visualmente impressionante, mas não traz nada de realmente inovador, assim como Astro Bot. A inovação, nesse caso, é um fator que pesa, e Wukong não se destaca nesse aspecto.
Agora, uma reflexão importante: Black Myth: Wukong tem uma força gigantesca dentro do público gamer, mas parece ser boicotado de forma injusta pela mídia ocidental. Não há dúvidas de que o jogo tem um potencial imenso, sendo muito aguardado pelos jogadores e com uma base de fãs sólida. Porém, a recepção midiática não reflete isso de forma justa. O que muitos não percebem é que Wukong é a prova de que, quando um jogo é realmente bom, nenhuma mídia, por mais que tente desmerecer, vai conseguir derrubá-lo. A força da comunidade gamer é imbatível, e Wukong já está deixando sua marca, independentemente de qualquer boicote.
Elden Ring, ah, Elden Ring… dispensa apresentações. Mas aqui entra outra questão: como justificar uma expansão, Shadow of the Erdtree, concorrendo a Jogo do Ano? Não seria mais justo se houvesse uma categoria específica para a melhor expansão do ano? Um DLC não tem o mesmo impacto de um jogo completo, e isso deveria ser levado em consideração.
A Disputa Justa: Metaphor, Black Myth e Final Fantasy 7
Se eu fosse escolher entre Metaphor: ReFantazio, Black Myth e Final Fantasy 7 Rebirth, a decisão seria mais difícil. Todos são títulos de peso, com gráficos de cinema, trilha sonora de arrepiar, e uma jogabilidade que cativa. Mas, para mim, a briga real foi entre Metaphor e Wukong. Metaphor se destacou pela direção de arte e narrativa, dois aspectos que realmente se sobressaíram este ano.
Em termos de inovação, Metaphor foi o vencedor. A direção de arte e a narrativa são os pontos fortes do jogo, e esses aspectos são, sem dúvida, essenciais para definir o melhor jogo. A trilha sonora de Final Fantasy 7, claro, também é impecável, mas a inovação da história e o trabalho artístico de Metaphor me fazem acreditar que ele deveria ter sido o vencedor do prêmio.
Astro Bot: Uma Vitória Merecida, Mas Não Para o Jogo do Ano
Sem dúvida, Astro Bot é um ótimo jogo, com um apelo para toda a família, o que justifica sua vitória na categoria de “Melhor Jogo da Família”. Mas Jogo do Ano? Não acredito que ele devesse ter levado esse prêmio. O que me deixa mais curioso é entender qual critério realmente orientou a escolha do vencedor. Foi nostalgia? Um gosto pessoal? Ou algo mais? Para mim, Metaphor teria sido a escolha lógica, mas, por gosto pessoal, teria escolhido Wukong. Mas, no final das contas, a escolha de Astro Bot me deixa com a sensação de que o prêmio foi mais uma questão de apelo generalista do que de mérito real.
A Conclusão: O Que Falta no The Game Awards?
Se eu fosse escolher de forma racional, Metaphor teria sido o Jogo do Ano. Se fosse pela minha preferência pessoal, Wukong teria levado. Astro Bot é um jogo fantástico, sem dúvida, mas não é um jogo que eu colocaria no topo do pódio. Talvez ele devesse ter ganhado outros prêmios, mas o Jogo do Ano deveria ir para um título que oferecesse mais do que apenas diversão simples e nostálgica.
No fim, fico me perguntando: qual é o verdadeiro critério por trás dessa escolha? Nostalgia? Gosto pessoal? Ou estamos vendo um reflexo de algo que eu chamo de falta de clareza no julgamento? Seja qual for a resposta, acredito que as premiações precisam ser mais transparentes em seus critérios para garantir que a indústria dos games siga evoluindo e reconhecendo o que realmente importa: inovação, história, arte e, claro, a experiência de jogo.